9.2.08

Saudade





aquela que atormenta a alma e afaga o desejo
sobre a folha, dedilham os dedos a caneta
quanto o coração quer e não vejo
emerge da pensamento e a boca grita,
não sou asceta!

Saudades de ti,
do meu e do teu sonho azul
em néctar de baco gelado
da nossa pele tocada
ao nosso amor tombados
das velas erguidas no vento
nossos beijos saciados
de teu gosto cor laranja
silvam os olhares esquecidos
de filamentos curtos
teu amor, se esbanja.