14.12.06

despertar sem tempo


Era um dia como outro qualquer não fosse no meu despertar, olhando as minhas mãos, descobrir estavam pintadas de um tom que defino, como aquele que é pintado um horizonte de infinito, quando me ergo de um leito, dirijo-me num espelho, vi-me ladeado com um sopro de vida, no reflexo estava pintado uma figura de porte feminino, virei-me, no mesmo leito, lá estava ela, imóvel, despida, sem movimentos, de rosto expressivo e olhos grandes, enormes, seus lábios grandes e de desenho bem contornado, os seios tombados sobre um pergaminho onde estava escrito pelas suas mãos, a poesia, desenhado na sua iris o encanto, de fundo soava melodicamente uma pauta mágica, onde meus sentimentos se cruzaram no tempo que não se mede, constatei, não havia nada que medisse o tempo, nada que me tirasse o prazer de estes momentos. Acabara de descobrir que, se em mim não era esta a felicidade, eu tomava-a como tal, nunca tivera semelhante sentir, esta musa dera-me seu sopro de vida, seus olhos em mim, agora clamavam a poesia da vida, estimulando a minha capacidade de amar e sonhar.

6 comentários:

lo disse...

Será que sou eu essa Musa???????


beijo te

lena disse...

o momento é único, escrevinhador

momento é magia
é o abrir uma porta
um nome desconhecido
um destino certo
o abrigo da solidão
a leveza do abandono
as puras madrugadas
é o cantar da terra estagnada no pensamento
é sonhar acordado
o momento podes ser tu...

gostei do que li, um envolvimento de um reflexo de sonho...


beijos

ledna

Chellot disse...

Palavras apaixonadas. Esse sentir que nos afeta no fundo da alma.

Beijos meditativos.

Crónicas de Ariana disse...

Quem será a musa inspiradora????

BJS :)

Carla disse...

nunca se deve perder a capacidade de sonhar, mas... o mais importante é a capacidade de sentir cada momento e retirar dele o que mais especial tiver... e num momento a dois há sempre algo que fica gravado na pele...
beijos

Anónimo disse...

deixa-me ser eu essa Musa!!!!

beijo